Turres Veteras (II)

22 setembro, 2006

Um artigo a ler

O QUE É QUE NO DISCURSO DO PAPA INTERPELA O ISLÃO? por JPP in Abrupto
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"A frase que devia verdadeiramente irritar os fundamentalistas muçulmanos não é a que citaram, mas outra, do mesmo imperador: "Não agir segundo a razão, não agir segundo o logos, é contrário à vontade de Deus". Esta sim, pode ser entendida como um ataque ao islão de hoje, porque resulta expressamente do desenvolvimento do pensamento do Papa que com ela se identifica."

18 setembro, 2006

Questão pertinente

Mas ainda há alguém que não tenha opinião?

Táctica dos a favor

Referendar até que passe.

Táctica dos contra

O referendo em si.

Notícia à muito aguardada

O referendo ao Aborto (desculpem, à Interrupção Voluntária da Gravidez até às dez semanas) está de volta.

Um artigo para ler

A coragem do Papa - por Judite de Sousa (na integra com bolds meus)
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Estão reabertas as feridas entre o Ocidente e o mundo Islâmico. Primeiro, foram as caricaturas de Maomé, publicadas num jornal Dinamarqûes. Agora, são as palavras de Bento XVI com um outro peso e um outro significado que lhes é conferido pela circunstância de se tratar do chefe universal da igreja católica, o homem que representa milhões de pessoas. À hora a que escrevo, fotografias do Papa estão a ser queimadas em vários países muçulmanos e europeus. Em França e na Grã-Bretanha, dirigentes das comunidades muçulmanas fazem ouvir as suas vozes de indignação contra o Papa no mesmo tom com que nas mesquitas do Cairo, Istambul, Islamabad, Bagdad ou Damasco se fazem pregações contra Bento XVI. Afinal, o que disse o Papa ? Na passada terça-feira, o Papa discursou na universidade de Ratisbona, na Alemanha. Não foi mais uma das suas intervenções doutrinárias sobre a igreja e a cristianização da Europa. Desta vez, ele foi mais longe. Na sua " lição ", o Papa citou um diálogo entre o imperador Bizantino Manuel II e um Persa, em 1391, sobre o Cristianismo e o Islão. Nesta conversa, o imperador refere-se à " Jihad " - Guerra Santa -e coloca ao seu interlocutor uma pergunta sobre a relação entre a religião e a violência "Mostra-me aquilo que Maomé trouxe de novo e encontrarás somente coisas malvadas e desumanas como o seu propósito de expandir pelo meio da espada a fé que professava". Com esta citação, Bento XVI faz suas as conclusões do imperador Bizantino, ou seja, a difusão da fé mediante a violência é algo irracional. Disse o Papa : " Não actuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus e da alma ".
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Tratou-se de uma longa intervenção, académica, sobre Teologia, na qual Bento XVI expôs o seu pensamento sobre a forma como as diferentes religiões se colocam perante a questão da "Razão". Não foi a primeira vez que o Papa exprime o seu pensamento sobre a violência Islâmica praticada em nome de Deus. Na primeira reunião com o corpo diplomatico representado no Vaticano, depois do concílio, Bento XVI afirmou que " todos os actos de violência em nome de Deus são inaceitáveis para a igreja de Roma ". Nessa altura, ninguém reagiu. Não se ouviram protestos. Agora, temos o mundo muçulmano indignado, queimando as fotografias do papa e exigindo um pedido de desculpas ao Vativano como o fizeram há meses, a propósito da crise das caricaturas. Há lições a tirar. O Ocidente não pode ceder à chantagem e ao medo. Não podemos ter medo de falar sobre o Islão e sobre Maomé. Nós, Ocidentais não podemos estar reféns nem dos extremistas muçulmanos nem dos muçulmanos moderados que em momentos como este pensam exactamente o mesmo dos " Jihadistas ".
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Se não podemos citar palavras de há 600 anos com o medo de ofender os muçulmanos, o que é que podemos fazer ? Resignamo-nos a perder a nossa liberdade e condenamo-nos ao obscurantismo ? Só resta dizer que o imperador Bizantino Manuel Segundo está carregado de razão e que os seus diálogos permanecem actuais.

A renascer!!??

03 setembro, 2006

no comment